A 63ª edição do Festival de Cinema de Cannes chegou ao fim, ontem, dividindo os críticos. A Palma de Ouro para Long Boonmee Raluek Chat (Tio Boonmee, Aquele que se Lembra de suas Vidas Anteriores), do tailandês Apichatpong Weerasethakul [foto acima], foi o ponto central da polêmica.
Uma das mais duras críticas veio da equipe do jornal Le Figaro, para a qual o vencedor representa a tonalidade dominante dos longa-metragens apresentados — "sinistros, para não dizer obscuros". "A miséria humana se apossou da tela grande", diz texto sobre o festival que cita personagens como trabalhadores clandestinos jogados ao mar depois de asfixiados e adolescentes vítimas de abuso que se suicidam.
O Monde, diferentemente, avaliou que os jurados premiaram "o cinema, a inventividade, a poesia, a loucura". Apontado como favorito aos prêmios pelos críticos internacionais, Another Year, do inglês Mike Leigh, não recebeu nenhuma menção.
:: Premiações do Festival de Cannes 2010
Grande Prêmio do Júri
Des Hommes et des Dieux, do francês Xavier Beauvois
Melhor Ator
Javier Bardem, por Biutiful, e Elio Germano, por La Nostra Vita (empate)
Melhor Atriz
Juliette Binoche, por Copie conforme
Melhor Roteiro
Poetry, do sul-coreano Lee Chang-dong
Melhor diretor
Mathieu Amalric, por Tournée
Prêmio do Júri
A Screaming Man, do chadiano Mahamat-Saleh Haroun
Câmera de Ouro (melhor longa de estreia)
Año Bisiesto, do mexicano Michael Rowe
Palma de Ouro de curta-metragem
Chienne d'histoire, do francês Serge Avédikian
Prêmio do Júri de curta-metragem
Micky Bader, da dinamarquesa Frieda Kempf
Nenhum comentário:
Postar um comentário