O que os franceses estão ouvindo agora? A lista das músicas mais baixadas na França, apurada pelo Syndicat National de l'Edition Phonographique, nos dá pelo menos cinco pistas — em vários estilos. O rap de Soprano, o acústico de Guillaume Grand, o dance de Mylene Farmer, o pop de Joyce Jonathan e o folk de Yannick Noah. Na sua maioria, faixas recém-lançadas, que justamente por isso ainda nem sequer têm clipes oficiais.
1. Soprano - Hiro
2. Guillaume Grand - Toi et moi
3. Mylene Farmer - Oui mais... non
4. Joyce Jonathan - Je ne sais pas
5. Yannick Noah - Angela
Greve: não à toa essa palavra da língua portuguesa tem origem no vocabulário francês. A manifestação coletiva para reivindicar benefícios aos trabalhadores é uma marca da sociedade francesa. Nas últimas semanas, a paralisação geral motivada pelo aumento da idade mínima para solicitar aposentadoria vem dominando o noticiário internacional.
Enquanto os brasileiros aparentam certo preconceito com eventos desse tipo, os franceses parecem respeitá-los como direito do trabalhador. As manifestações recentes tiveram grande poder de mobilização, chegando a reunir mais de dois milhões de pessoas num único dia, e contaram com aprovação popular — 73% da população.
O termo grève faz referência à place de Grève, praça de Paris hoje nomeada place de l’Hôtel-de-Ville, onde operários desempregados procuravam uma ocupação. As manifestações em si eram proibidas até 1864, quando houve despenalização. Na Constituição de 1946, já se reconhecia a greve como um direito, confirmado pela Constituição de 1958. Posteriormente, foram criadas regras para as paralisações profissionais.
Tourne-disque qui crépite au loin Toca disco que estala ao longe
Sergent Pepper sur un dimanche matin Sergent Pepper numa manhã de domingo
On s'rappelle jamais trop bien A gente nunca se lembra muito bem
Les souvenirs auxquels on tient Das lembranças que guardamos
Comment c'était déjà Como já era
Comment c'était Como era
Quand ça fasait rien quand on tombait Quando não nos machucávamos ao cair
Un peu de rouge sur les genoux Um vermelho no joelho
Un peu de rouge qui soignait tout Um vermelho que curava tudo
Isn't she lovely comme si c'était moi Isn't she lovely como se fosse eu
Les cheveux longs, les chemises en soie Os cabelos longos, as camisas de seda
La moto, les tiges qu'il fumait A moto, o cigarro que ele fumava
Les dessins qui s'envolaient Os desenhos que evaporavam
Et toi t'étais même pas née E você não havia nem nascido
J'étais heureuse moi tu sais Eu era feliz, você sabe
Trois petits tours et puis trente ans Três voltinhas e, então, trinta anos
Un, deux, trois soleil on est grand Um, dos, trés sóis, a gente está grande
Sauf que d'être grand moi j'ai pas l'cran Mas, de ser grande, eu não tenho coragem
La machine à coudre qui ronronnait A máquina de costura que ronronava
Les bouts de tissu à nos pieds Os retalhes nos nossos pés
Tout avait un sens et c'était déjà ça Tudo tinha um sentido e já era assim
Comment c'était déjà Como já era
Et le monde comme un tourniquet E o mundo como uma porta giratória
Ne s'arrêtait jamais d'tourner Não parava nunca de rodar
Et la vie sentait bon l'embrun E a vida cheirava ao spray
Les cyprès du parc Chambrun Aos cipestres do parque Chambrun
Et toi t'étais même pas là E você não estava aí
J'étais heureuse moi déjà Eu já era feliz
Trois petits tours et puis trente ans Três voltinhas e, então, trinta anos
Un, deux, trois soleil on est grand Um, dois, três sóis, a gente está grande
Sauf que d'être grand moi j'ai pas le cran Mas, de ser grande, eu não tenho coragem
Et toi t'étais même pas née E você não havia nem mesmo nascido
J'étais heureuse moi tu sais Eu era feliz, você sabe
Trois petits tours et puis trente ans Três voltinhas e, então, trinta anos
Un deux trois soleil on est grand Um, dois, três sóis, a gente está grande
Sauf que d'être grand moi j'ai pas le cran Mas, de ser grande, eu não tenho coragem
Mais où s'en vont finir leurs jours Mas onde vão viver seus últimos dias
Les beaux rêves, les grands amours Os belos sonhos, os grandes amores
Où s'enfuient donc ces bouts de temps Onde se escondem esses retalhos do tempo
Ça s'ra comment dis Como será, diga
ça s'ra comment? Como será?
"A exposição do ano": é assim que os jornais se referem à retrospectiva Claude Monet (1840-1926), em cartaz no Grand Palais, em Paris. Há 30 anos a França não exibia tantas obras do pintor, considerado o mais importante do país. São 175 telas, vindas principalmente dos Estados Unidos, contando a trajetória do mestre — que foi realista, impressionista e modernista ao longo da carreira.
Quem não planeja visitar a cidade até 24 de janeiro de 2011, quando está programado o fim da exposição, pode conhecer parte da coleção no site monet2010.com.
:: Serviço
Onde: Grand Palais, no 8e arrondissement
Quando: Até 24 de janeiro de 2011, das 10h às 22h (exceto às terças, quando a visita se encerra às 14h).
Como: Para evitar filas, o ingresso pode ser comprado no site do Grand Palais, por 13 euros a inteira; no local, por 12 euros.